segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Aline.

A sofreguidão para a dor da alma
A dor gostosa de todos os amantes
É eterna e ternamente a todo instante
Para as comportas abertas de quem amas.

As vibrações (Oriundas do inexplicável)
Somos fantasmas; você e eu interplanetários
E as danações e o horror são as paredes dos rios
E seu rosto desse mundo é guardado por um véu.

Abro essa face de caveira (é o que somos)
O esqueleto é o estado nu para os amantes
Do Éden de Aline; há verdes e as vazantes
Sem braços e pernas rastejando a dois pomos.

Atrações, surrealismo, cria-se o novo mundo
De argila, barro, erupções vulcânicas
É de quando a encontro perscrutando fundo
A origem maléfica da vida orgânica.

Perdidamente como humano a amo
Queria ser outro bicho, outra espécie
Como na pureza da fauna aqui viesse
Outro sentido para amá-la até seu sumo.

Ander 24/01/2011