terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Serpente de Satã

Descemos pela garganta de uma serpente
De um peixe e voltamos ao caos primordial
Regurgitamos estocadas vis de vinho quente
Na estrondosa insuficiência do homem mundial.

Voltamos das entranhas da serpente bíblica
Renascidos pelo fogo Infernal de sua espada
Enaltecidos grandiosos pela cabeça fálica
É o símbolo pentecostal da serpente alada.

Voltamos como do mundo sombrio dos mortos
Descompostos e brutais a louvor de ti; Oh Satanás
E a multidão que clama a Deus; equivocados tortos
Seguem a ti mais do que a mim Senhor, de todas as galáxias.

Aos olhos da filosofia é no espelho fluido de nós
Seis bilhões de carcaças pútridas almejando a eternidade
No decorrer e fim da mera enfermidade agoniza só
Para desconsolo de tu próprio; décadas de língua amiúde.

Pecados rolados víboras maliciosas
Deuses estrangulados em mãos fogosas
Libertinagem paradisíaca. Inferno de rosas
Satã mil vezes, mil vezes ainda. Mil vezes te amo.

Ander 02/09/2010

Um comentário:

  1. putz, bizarro, totalmente pagão...
    mas bem maneiro!! rsrs
    tô te seguindo...
    essse teu 'eu' lírico pagão

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